Falar sobre a extinção da criatividade nos Videojogos num site de videojogos pode parecer um bocado paradoxal, mas é um facto que, quando em março de 2000 a Playstation 2 foi lançada no Japão, a criatividade nos videojogos terminou
Talvez não se tenha apercebido logo na altura, mas nos anos que se seguiram, a jovem industria de videojogos tinha chegado à fase adulta, e era tempo da massificação dos videojogos, ou seja: dar continuação (às vezes quase infinita) aos grandes títulos do passado e por outro lado, copiar fantásticas ideias que tinham sido desenvolvidas até aí, dando-lhes um novo rótulo, como por exemplo: (Tomb Raider/Uncharted)
Sendo a Playstation 2 um marco no campo do Hardware da altura, justificou até agora a venda de 140 milhões de aparelhos englobando o conceito multimédia; jogar, ver filmes (DVD) e Internet que até já tinha sido testado na Dreamcast da Sega, embora sem a adição do leitor de DVD. E esse conceito, embora com falhas no passado e mesmo hoje em dia com a Playstation 3, devido ao mau serviço prestado pela Playstation Network, tem sido um sucesso de vendas. Para além disso, esta 7ª geração de consolas, ainda veio acrescentar os jogos digitais, descarregados diretamente na consola.
Mas onde está a criatividade do passado? Na minha modesta opinião, soterrada sobre toda esta tecnologia.Não eram necessários grandes gráficos ou som para imaginarmos Manic Miner ou Jetpac (talvez tenha escolhido mal os títulos!?) no ZX Spectrum iriam terminar em grandes aventuras e divertimento. Existem outras vozes afirmando que os jogos perderam essa capacidade (diversão) com a chegada do 3D, também concordo com essa opinião, porque ninguém explica porque o jogo Sonic parece não funcionar no 3D, como acontece no 2D, e é ai, que o Sonic é realmente divertido. Mas mesma com a chegada da Playstation 2 essa perca de diversão não foi logo imediata, ainda se criaram excelentes jogos em 3D até uma determinada altura.
Outro bom exemplo é que infelizmente foram necessários rios de Fifa's e Pro Evolution Soccer's para constatarmos que um simples Sensible Soccer ou o Italia'90 (Mega Drive ou Arcada) eram de longe muito mais divertidos, fascinantes e duradouros na memoria de todos nós, que todos estes franchises actuais.
Uma solução para esta questão que estou a levantar (pois sou um homem prático e não gosto só de apontar o dedo aos problemas),talvez esteja nos chamados indie games (sugestão dada por um amigo meu),que podemos encontrar tanto no formato digital como físico. Parece ser aí que reside a verdadeira essência, que já esteve esteve presente nas Software Houses de um passado recente.
Muitos parabéns, muito interessante!
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